Desbarrancamentos na RJ-151 se agravam Conforme prossegue a estação chuvosa, evidencia-se a temeridade do DER-RJ ao cortar tão verticalmente as encostas dos morros ao longo da RJ-151, com o objetivo de alargá-la para um padrão de autoestrada adequada para trânsito pesado e veloz - o que não deveria ser o  nosso caso. Empresários desavisados criticaram o Ministério Público estadual e federal por terem conseguido sustar essa obra até o DER-RJ se adeque à legislação brasileira. Mas basta ver as fotos abaixo para ver que felizmente ainda há juizes e promotores zelando pelos interesses e direitos da natureza e das gerações futuras, mesmo precisando discordar dos interesses econômicos e políticos que têm contaminado todo esse processo de construção da "estrada-parque". Afinal, todos nós devemos entender e aceitar que desejar que a lei seja desrespeitada para que prevaleçam nossos interesses comerciais, políticos ou pessoais não deixa de ser uma forma de corrupção e de conluio com as autoridades, às custas do nosso futuro. Notem que as fotos abaixo, feitas em 10/01/2012, retratam cenas já alteradas pelas máquinas do DER-RJ. Gostaríamos de ter fotografado esses desbarrancamentos logo após os eventos, para que pudéssemos avaliar melhor a dimensão crescente desses desastres. Aliás, será que o DER-RJ documenta, fotografa e registra devidamente todos esses eventos, para futuras referências e estudos? Saiba mais sobre as intervenções do DER na RJ-151 acessando: Obra na RJ-151 começam disfarçadas de "manutenção" (Súmula 015 - 21/09/2011)  Impactos da RJ-151 evidenciam erro e má fé do IBAMA e do INEA-RJ (Súmula 015 - 21/09/2011) Intervenção na RJ-151 não atende à Resolução que define "obras de conservação (Súmula 016 - 30/11/2011) Juiz concedeu liminar que suspende a pavimentação da RJ-151 (Súmula 017 - 03/01/2012) As chuvas mal começaram e já despencam as encostas cortadas na RJ-161(Súmula 017 - 03/01/2012) Como bem disse Alvaro Braga, da Fundação Mantiqueira: "A ação civil pública que questionou o modo pelo qual o DER-RJ vem degradando as vias de comunicação da região - com a desculpa de melhorar as nossas condições de vida - na verdade vai nos mostrar se existe ou não uma legislação ambiental em vigor no país, e se o governo do estado do Rio de Janeiro e seus parceiros estão ou não obrigados a respeitá-la".