Grupo de Trabalho de Resíduos Sólidos - GTRS
Conselho da APA Federal da Serra da Mantiqueira - CONAPAM
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Planejamento do projeto em Delfim Moreira
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  1. Escolha do bairro-piloto
    Critérios: predominância de casas com terrenos, com jardins e hortas. Presença de uma escola local. Existência de uma associação de moradores e/ou outras formas de organização comunitária. Presença do Serviço de Limpeza Urbana, para apoiar os praticantes. Ocorrência de terrenos baldios, de propriedade municipal, estadual ou federal ou mesmo particular, que possam ser usados mediante convênio etc.

  2. Contato com lideranças e grupos locais
    Identificar as lideranças e grupos locais potenciais parceiros, ligados a escolas, associações de moradores e comerciais, igrejas, clubes etc. existentes na área-piloto.
    Realizar uma reunião com eles para troca de ideias sobre a importância da gestão dos resíduos orgânicos e como implementar o projeto, e identificar moradores potenciais formadores de opinião, e áreas viáveis para minicentrais de compostagem comunitária, formas de divulgação na comunidade etc..

  3. Divulgação da proposta na comunidade
    Utilizar os veículos locais e regionais, jornais, rádios e talvez folheto e cartazete etc. para identificar os moradores interessados em produzir seu próprio adubo e para reunir voluntários que poe compostagem ssam apoiar a prefeitura na difusão prática da atividade. Utilizar a(s) escola(s) na área-piloto para divulgar o projeto junto aos alunos, professores, funcionários e suas famílias.
    Apresentar aos interessados principalmemnte dois sistemas
    de compostagem: o "doméstico ou unifamiliar" e o "comunitário" ou "profissional"

  4. Treinamento e capacitação
    Realizar uma ou mais oficinas voltadas para funcionários municipais mais afetos à gestão dos resíduos solídos (meio ambiente, limpeza urbana, principalmente), para moradores que queiram adotar a prática, para os professores e educadores e voluntários interessados em promovê-la.

  5. Apoio da prefeitura e outros
    Capacitar ao máximo o estagiário que a Secretaria de Meio Ambiente de Delfim Moreira vai indicar para apoiar o projeto.  Buscar as interfaces com outros órgãos públicos municipais que têm relação com a gestão de resíduos, serviços públicos, parques e jardins, obras, educação etc., para integrar ações visando a otimizar o projeto.
    Pesquisar eventuais fontes de recursos, como programas federais e internacionais ligados à sustentabilidade, agências e ONGs brasileiras e internacionais, fundações, empresas etc.
    Elaborar uma rotina de "apoio oficial" aos praticantes, envolvendo ao menos um funcionário municipal da limpeza urbana, que orientará os moradores e os ajudará na solução de problemas simples, na obtenção de material seco para cobrir os resíduos alimentares etc. Este funcionário será orientado e monitorado pela Secretaria de Ambiente de Delfim Moreira.

  6. Informação e comunicação
    Para ganhar consistência, replicabilidade e interesse científico, é indispensável colhermos dados sobre o andamento do projeto, desde a linha-base – registrando o volume de resíduos orgânicos e totais coletados no bairro-piloto e a sua redução conforme o projeto avance.
    O uso de mapa do bairro, a partir do Google-Earth etc., ou de sistemas de informação geográfica (SIG), pode facilitar a visualização do projeto e seus impactos, e contribuir para a capacitação dos voluntários e estudantes nessas tecnologias de gestão da comunidade.
    A comunicação do projeto e seu desenvolvimento é fundamental para envolver crescentemente a comunidade, atrair novos voluntários e promover a replicação das iniciativas em outros municípios.
    A internet e os grupos sociais serão nosso meio prioritário, por todas as vantagens que oferece.
    A colaboração de voluntários e jovens (brasileiros e estrangeiros) também será importante no aspecto técnico dessa atividade.

  7. Voluntários
    Além do envolvimento dos professores e estudantes – talvez o segmento mais importante da comunidade para o nosso projeto – outros voluntários surgirão conforme os convidemos usando os meios de comunicação disponíveis.
    Lideranças comunitárias, aposentados, educadores, empresários, pesquisadores etc. terão várias oportunidades para contribuir para o sucesso do projeto.
    Por meio da Aliança Brasil-Holanda de Agricultura Urbana estaremos trocando ideias com especialistas e estudantes do país mais avançado na implantação de programas de agricultura urbana no mundo.

  8. Redução dos resíduos compostáveis urbanos descartados em aterros
    Algumas considerações básicas para implantar projetos de compostagem descentralizada.

  9. Sustentabilidade e escala
    As ações propostas acima podem promover cada vez mais a compostagem em áreas urbanas, periurbanas e rurais, porém algumas políticas públicas são igualmente importantes para a prática ganhar escala e produzir um impacto notável na economia e ambiente locais.
    Embora a implementação dessas políticas possa demorar um pouco mais, elas são indispensáveis a longo prazo.
    Abaixo, três exemplos cuja eficácia a experiência internacional confirma:
    (1) criar um protocolo que permita o uso (temporário, se for o caso) de terras públicas (municipais, estaduais ou federais) e privadas disponíveis na cidade e periferia para minicentros de compostagem comunitária e outras atividades de agricultura orgânica e educação ambiental;
    (2) Considerar, no planejamento da cidade, as atividades de compostagem e produção de alimentos como um uso legítimo do solo urbano, necessário para garantir a sustentabilidade e a segurança alimentar em épocas de crise, mudança climática etc. A introdução dessas atividades em praças e parques públicos tem várias vantagens, propiciando à população oportunidades de lazer e convívio associadas à preservação ambiental; e
    (3) reduzir o imposto territorial urbano para os moradores que separem corretamente seus resíduos e compostem os orgânicos - ou os enviem para um minicentro comunitário.