- Escolha do bairro-piloto
Critérios: predominância de casas com terrenos, com jardins e hortas.
Presença de uma escola local. Existência de uma associação de moradores
e/ou outras formas de organização comunitária. Presença do Serviço de
Limpeza Urbana, para apoiar os praticantes. Ocorrência de terrenos
baldios, de propriedade municipal, estadual ou federal ou mesmo
particular, que possam ser usados mediante convênio etc.
- Contato com lideranças e grupos locais
Identificar as lideranças e grupos locais potenciais parceiros, ligados
a escolas, associações de moradores e comerciais, igrejas, clubes etc.
existentes na área-piloto.
Realizar uma reunião com eles para troca de ideias sobre a importância
da gestão dos resíduos orgânicos e como implementar o projeto, e
identificar moradores potenciais formadores de opinião, e áreas viáveis
para minicentrais de compostagem comunitária, formas de divulgação na
comunidade etc..
- Divulgação da proposta na comunidade
Utilizar
os veículos locais e regionais, jornais, rádios e talvez folheto e
cartazete etc. para
identificar os
moradores interessados em produzir seu próprio adubo e para reunir
voluntários que poe compostagem ssam apoiar a prefeitura na difusão
prática da
atividade. Utilizar a(s) escola(s) na área-piloto para divulgar o
projeto junto aos alunos, professores, funcionários e suas famílias.
Apresentar aos interessados principalmemnte dois sistemas de compostagem: o "doméstico ou unifamiliar" e o "comunitário" ou "profissional"
- Treinamento e capacitação
Realizar uma ou mais oficinas voltadas para funcionários municipais
mais afetos à gestão dos resíduos solídos (meio ambiente, limpeza
urbana, principalmente), para moradores que queiram adotar a prática,
para os professores e educadores e voluntários interessados em
promovê-la.
- Apoio da prefeitura e outros
Capacitar ao máximo o estagiário que a Secretaria de Meio Ambiente de
Delfim Moreira vai indicar para apoiar o projeto. Buscar as
interfaces com outros órgãos públicos municipais que têm relação com a
gestão de resíduos, serviços públicos, parques e jardins, obras,
educação etc., para integrar ações visando a otimizar o projeto.
Pesquisar eventuais fontes de recursos, como programas federais e
internacionais ligados à sustentabilidade, agências e ONGs brasileiras
e internacionais, fundações, empresas etc.
Elaborar uma rotina de "apoio oficial" aos praticantes, envolvendo ao
menos um funcionário municipal da limpeza urbana, que orientará os
moradores e os ajudará na solução de problemas simples, na obtenção de
material seco para cobrir os resíduos alimentares etc. Este funcionário
será orientado e monitorado pela Secretaria de Ambiente de Delfim
Moreira.
- Informação e comunicação
Para ganhar consistência, replicabilidade e interesse
científico, é indispensável colhermos dados sobre o andamento do
projeto, desde a linha-base – registrando o volume de resíduos
orgânicos e totais coletados no bairro-piloto e a sua redução conforme
o projeto avance.
O uso de mapa do bairro, a partir do Google-Earth etc., ou de sistemas
de informação geográfica (SIG), pode facilitar a visualização do
projeto e seus impactos, e contribuir para a capacitação dos
voluntários e estudantes nessas tecnologias de gestão da comunidade.
A comunicação do projeto e seu desenvolvimento é fundamental para
envolver crescentemente a comunidade, atrair novos voluntários e
promover a replicação das iniciativas em outros municípios.
A internet e os grupos sociais serão nosso meio prioritário, por todas as vantagens que oferece.
A colaboração de voluntários e jovens (brasileiros e estrangeiros) também será importante no aspecto técnico dessa atividade.
- Voluntários
Além do envolvimento dos professores e estudantes – talvez
o segmento mais importante da comunidade para o nosso projeto – outros
voluntários surgirão conforme os convidemos usando os meios de
comunicação disponíveis.
Lideranças comunitárias, aposentados, educadores, empresários,
pesquisadores etc. terão várias oportunidades para contribuir para o
sucesso do projeto.
Por meio da Aliança Brasil-Holanda de Agricultura Urbana
estaremos trocando ideias com especialistas e estudantes do país mais
avançado na implantação de programas de agricultura urbana no mundo.
- Redução dos resíduos compostáveis urbanos descartados em aterros
Algumas considerações básicas para implantar projetos de compostagem descentralizada.
- Sustentabilidade e escala
As ações propostas acima podem promover cada vez mais a
compostagem em áreas urbanas, periurbanas e rurais, porém algumas
políticas públicas são igualmente importantes para a prática ganhar
escala e produzir um impacto notável na economia e ambiente locais.
Embora a implementação dessas políticas possa demorar um pouco mais, elas são indispensáveis a longo prazo.
Abaixo, três exemplos cuja eficácia a experiência internacional confirma:
(1) criar um protocolo que permita o uso (temporário, se for o caso) de
terras públicas (municipais, estaduais ou federais) e privadas
disponíveis na cidade e periferia para minicentros de compostagem
comunitária e outras atividades de agricultura orgânica e educação
ambiental;
(2) Considerar, no planejamento da cidade, as atividades de compostagem
e produção de alimentos como um uso legítimo do solo urbano, necessário
para garantir a sustentabilidade e a segurança alimentar em épocas de
crise, mudança climática etc. A introdução dessas atividades em praças
e parques públicos tem várias vantagens, propiciando à população
oportunidades de lazer e convívio associadas à preservação ambiental; e
(3) reduzir o imposto territorial urbano para os moradores que separem
corretamente seus resíduos e compostem os orgânicos - ou os enviem para
um minicentro comunitário.
|