Certo, a internet está se popularizando também na nossa região, e a maioria dos jovens e mesmo crianças já usam computadores muitas vezes mais potentes do que aqueles antigos mainframes da IBM, que só os bancos e instituições de pesquisa ou de defesa possuiam a poucas décadas atrás. Mas e daí? No que este acesso está contribuindo para que eles se tornem cidadãos mais informados, conscientes e atuantes na construção de sua própria realidade e de seu futuro? Aparentemente em nada, se considerarmos que hoje a juventude está mais apática do que jamais, talvez como reação inconsciente diante do volume, da escala e do grau de complexidade dos desafios que caracterizam nossa era pós-contemporânea, onde a relidade "real" se mistura com a "virtual" e sai do foco de preocupações das gerações que nos sucederão. Fica aqui um convite a todos os educadores, comunicadores e gestores socioambientais a se envolverem conosco em ações que alcancem os jovens e os motivem a usar suas poderosas máquinas para se prepararem e poderem ajudar nas ações que se impõem a todos, em vez de ficarem só jogando tempo fora e se exibindo nas "redes sociais", onde encontram um ambiente atraente mas tão inútil e ilusório quanto a televisão comercial. | |