Mensagens trocadas durante o processo de elaboração do
Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável
para a região de Visconde de Mauá


a ordem cronológica está invertida
Se tiver interesse e participar desta lista,
por favor envie sua mensagem para

amigosdemaua.net@gmail.com


Luis Felipe Cesar escreveu em 14 de julho de 2013 12:44:22

Caros,
 
Temos um alto grau de consenso expresso nestas riquíssimas mensagens e uma escuta atenta e bem vinda por parte do coordenador do processo, mas para não corrermos o risco de construirmos pleno entendimento sem chegar a  realizamos ações concretas, isto deve se traduzir em algumas providências, a fim de dar maior consistência, legitimidade e sustentabilidade política ao Plano Estratégico em elaboração. Minhas sugestões:
 
Incluir de forma explícita na metodologia de elaboração do atual Plano Estratégico o nivelamento dos participantes com a apresentação dos Marcos Legais que incidem sobre a região, entre eles o códico florestal, o SNUC, o decreto de criação da APA da mantiqueira, os planos diretores de Resende e de Itatiaia, o decreto estadual de estradas-parque e o decreto que cria o conselho gestor.
Comentário: É fundamental conhecer as leis e os atores institucionais de inegável presença e atribuição na região. São realidades das quais não se pode escapar.
 
Avaliar de forma franca e aberta o “por que” da dificuldade em consolidar a necessária gestão integrada e participativa da região e buscar compromisso sólido e formal entre os participantes com o respeito ao processo em curso e seus resultados.
 
Formalizar a possibilidade de participação no processo por meios eletrônicos não presenciais, como parece estar acontecendo aqui informalmente (inclusive existem plataformas para tal).
 
Convidar os vários lideres facilitadores moradores da região, formados pelo processo Germinar, a estarem presentes nas reuniões a apoiarem o processo.
 
Promover reuniões voltadas a segmentos específicos, buscando aprofundar temas de maior interesse e conhecimento destes grupos. Por exemplo: gestores  públicos (municipais, estaduais e federais), educadores, terapeutas,  comerciantes, hoteleiros, chefs, agricultores/pecuaristas, artesãos, comunicadores etc
 
É o que me ocorre no momento.
 
Abs,
 
Luis Felipe Cesar
Lino Matheus de Sá Pereira escreveu em 13 de julho de 2013 14:34:55

Prezados amigos e companheiros, venho recebendo os encamihamentos sobre esse assunto em pauta.

Levo meu apoio a todas essas colocações dos companheiros já exaradas. Não há muito o que acrescentar.

Por motivos de agravamento de saúde não estou podendo me envolver mais, mas, igualmente, por convicções ideológicas de quem vem lutando desde sempre (mas com visão global focada na Mantiqueira ainda rural...) e assiste ao desenrolar sempre nebuloso, adventício e oportunista dessas súbitas e oferecidas  urgências planejativas...

Tudo bem enquanto fachada e teoria, mas para quem tem alguma vivência e pôe as ingenuidades de lado, fica sempre a sensação de um vazio, que é a parte (como muito bem disseram ) não reconhecida e ainda não resgatada ( ! ) de omissões e atropelamentos que compõem esse histórico de aproximações bondosas com a comunidade.

Fica difícli de fato acreditar e entregar-se a tarefas e proposições quando não se tem exata noção do que é, de fato, pretendido, Manipulações, há muitas, até lobbies pesados estão se infiltrando por essas bandas...

Meu envolvimento, nesse pouco tempo que me resta, será tentar levar adiante a Fundação, cuja missão principal será preservar e resgatar o universo rural e agrícola e confinar a turistificação em espaço e limites definidos e muito bem definidos; um  cordão sanitário, para que esse processo invasivo e impactante não contamine o resto da Mantiqueira - que é o que interessa.

Temos um resto de futuro a zelar e esse diz respeito, deveras, à sobrevivência e não aos negócios de sempre. Iludidas e manipuladas já estão as comunidades há muito tempo, aqui e alhures...

Com uma Entidade forte, abrangente e com visibilidade política regional, congregando mentalidades decididas, será muito mais fácil e viável fazer frente e superar grupelhos, manobras e suas jogadas mais ou menos sutis e neutralizá-las... Além, é claro, de interlocutar (?) com governos e administrações passageiras...

Gastamos demasiada energia em pequenas escaramuças e desperdiçamos a oportunidade de nos alinharmos em posição de batalha verdadeira, onde estabelecer, de fato, novo território e renovado horizonte sócio-ambiental.

É o que neste momento, de improviso, desejei colocar para vocês... Espero que dê para entender nas linhas e entre linhas. Se não agradar, que remédio; continuarei aqui à disposição, plantando as minhas mudinhas e tocando as lavouras...

Saudações para todos, Lino Matheus
Sérgio Maia escreveu em 13 de julho de 2013 13:34:52

Caro Léo

Muito bom seu texto reflete bem o sentimento de dejavu que eu e muita gente tem. De repente chega mais um órgão governamental e faz um planejamento estratégico sem dizer o que quer, nem como, dizendo que este desta vez vai ser aquele que resolvera todos os nossos problemas.

Com isso escondem-se de tentar, ao menos tentar, ver o que o povo realmente deseja, de forma simples direta e objetiva, esta panacéia do planejamento estratégico esta cansando ( e olha que eu sou profissional do ramo). Parece que eles acham que nos vamos ficar encantados com isso e acreditar que todos os nossos problemas estarão resolvidos com mais um PE.

Mas na hora de decidir que tipo de asfalto vao usar ninguém pergunta ao povo, prometem estrada parque, pórtico com controle de freqüência e nada, tudo fica só na promessa.

Como voce mesmo lembra o CG foi esvaziado por iniciativa deles, governo, que não queria um canal de comunicação legitimo construído de baixo para cima. A eles interessa um construído de cima para baixo no qual eles tenham amplo domínio.
Por isso eu sugiro não aceitarmos esta imposição e exigir para elaboração de outro PE que nao esqueçamos do que ja construímos e que este seja feito através de nossas instituições, legitimas e criadas por nos.
Leo Gatti escreveu em 12 de julho de 2013 15:41:18

Prezados .

Para mim, o que define a questão é uma crise de credibilidade na governança local, e já há tempos!

Falta makoto (palavra japonesa na qual estão implícitos os sentidos de sinceridade, fé, amor, lealdade,honestidade, fidelidade, cordialidade, verdade, devoção, lisura, constãncia e etc.) e sem ele não há nada que possa funcionar e dar certo, muito menos a perspectiva de um crescimento sustentável na região.

No anexo 1, em poucas linhas gerais, passo uma  visão pessoal do que seria o desenvolvimento sustentável para o nosso tão sonhado e amado local.

  • As fotos são de pinturas de Camões sobre fotos do Rio antigo que mostram bem como o " progresso " é rápido e devorador . Bem como que há 120 anos atrás ( 50 para a Barra ) o Rio de Janeiro "era" Visconde de Mauá.. Que nos sirvam de inspiração para nosso trabalho !
  • A charge POLVO ( para relaxarmos um pouco ) fiz sobre inspiração das manifestações durante a Copa das Confederações, mas tudo se reproduz  localmente e causou esta " ruptura " local já citada. " Todo poder emana do polvo , pelo polvo e para o polvo ( já dizia o Dr. Ulisses Guimarães ) e não povo como deveria de ser pela nossa Constituição.
No nosso caso, reflete-se no autoritarismo, nas formulações prontas e manobras excusas (entre elas - aí sim, o boicote, orquestrado pelo Governo do Estado e pela  Mauatur, catequizando também associações locais, ao se retirarem do Conselho Gestor criado, que fiscalizaria a execução da obra da estrada).

Reflete-se também na condução do projeto da pavimentação da estrada (sem discutir amplamente o tipo de pavimentação a ser utilizada, e utilizando asfalto que não é nada sustentável em qualquer sentido, seja técnico, social , econômico, de segurança, estético ou ambiental). E ainda no  projeto e implementação, sem o devido respeito, cuidado e participação nem do povo e nem da natureza!

Para começar uma discussão sobre a Sustentabilidade em Mauá, na minha opinião, deveríamos rediscutir a pavimentação da RJ-151, contemplando pedestres, ciclistas, equestres, visitantes, o passeio, a segurança, o  paisagismo e a preservação! Com asfalto já se começa errando feio, na minha opinião  Trazendo o visitante apressado e que não se hospeda nem contribui economicamente, e ainda degrada. Pressão de especulação imobiliária e loteamento.

Privilegiando  e estimulando o uso de automotores poluentes, em detrimento da mobilidade não poluente (já citados) e o ritmo rápido das cidades em contraste com nossa paisagem e cultura rural!  Estariam nossos comerciantes (e o Estado) dispostos, em nome do diálogo, cordialidade e união propostos agora neste projeto, a discutir esta fundamental questão? Seria a melhor forma de demonstração de boa vontade e da verdadeira aspiração a um resultado melhor. De verdadeiro Makoto.

A própria natureza demonstra sua inquietude desabando uma chuva de verão em pleno inverno, na seca, no dia marcado para o início do asfaltamento, fazendo estragos na base do leito da estrada. Infelizmente, neste momento que escrevo, podem estar cometendo esta barbárie, o asfaltamento. Sem contar as dezenas de árvores derrubadas em nome de um excessivo alargamento e cortes em barrancos. 

A própria obra degradando e assoreando barbaramente e descuidadamente nosso rios (Pavão, Cruzes e Alcantilado) sem ninguém reclamar. E como espalham a terra, vão "economizar" metade dos caminhões? Isso tudo deve-se  também à falta de fiscalização gerada pelo esvaziamento orquestrado referido acima, do Conselho Gestor, que, juntamente com o decreto que tirou da APA e deu ao INEA o poder de licenciar e fiscalizar as obras da estrada, se configurou na  nossa "PEC-37" local!

Outro ponto-chave ao meu ver seria discutir internamente - um Seminário (já foram tantos, mas ...) ou algo assim, com o SEBRAE ou INEA intermediando ou só nós mesmos - a questão da representatividade e governança locais. Um mea culpa de todos nós, ECOCHATOS (se exageramos a dose), e eles, ECACHATOS (com este modelo será uma ECA daqui há 10 anos, já está aliás)  rs!

Tive inclusive o cuidado (e mesmo assim reclamaram; acho que era o cansaço +rs) de deixar para o fim esta questão, que era um dos temas da reunião passada. Identificar os problemas nesta área, creio inclusive que deverá sofrer muitas "emendas" na próxima! Estamos cansados de manipulações de informações, de reuniões, das associações que deveriam ser de moradores e são comerciais, e das midias locais. Cansados e pasmos de ver a questão ambiental, a principal em TODOS os sentidos, ser ridicularizada e posta para escanteio. Senão, demagógica e hipocritamente defendida, pois alíás, vários desse comerciantes são os maiores  poluidores e degradadores das riquezas naturais, e ainda se dizem ecologistas . 

É preciso achar o caminho do meio, do diálogo, mas "cachorro mordido por cobra , nunca mais come linguiça", e aí fica a tal pulga atrás da orelha, sem querer sair .. E pegando o exemplo do futebol, tudo bem perder, mas com um pênalti inventado aos 48 do segundo tempo?

Vejo na pessoa do Osvaldo Ramalho, coordenador da elaboração do planejamento, competência, simpatia e boas intenções. Mas não basta; como foi dito abaixo, outros bons profissionais e bem intencionados em outros estudos e seminários acabaram, consciente ou inconscientemente, servindo a causas não tão nobres...

Sugiro que ele pudesse intermediar estas duas questões: RJ-151 (tipo de pavimento ou Ecovia ?) e Seminário para que possamos caminhar adiante TODOS, em clima cordial, respeitoso e produtivo.

Afinal de contas é fácil pedir cordialidade e união em torno de questões unânimes, como saneamento, saúde, educação, transporte! Quando o assunto é a preservação, me parece que o curso de Educação Ambiental deveria ser para o povo em geral, mas estendido à maioria de nossos comerciantes (com raras mas excelentes exceções) filiados a Mauatur, Assomar, etc., que tem uma visão um pouco limitada e irracional neste sentido.

Cordial e atenciosamente Leo Gatti
P.S.: Só acrescentar que o próprio conceito de Estrada- Parque foi abandonado e substituido por este que só degrada e destroi !CADÊ a Estrada -Parque , alguém viu por aí ?  Para nós um tremendo factóide , que como diria  Minc muito antigamente , CUMPRA_SE ! Ainda sofremos acusações de sermos contra o povo e o progresso, e foi incitada parte da população menos consciente contra os ambientalistas quando tudo que defendiamos era o projeto original ou uma estrada mais orgânica ,de uso múltiplo e preservando  ! inclusive o povão mesmo anda à pé de bicicleta ou cavalo e depende como todos , diretamente da natureza ...   Abraços a todos
Amigos de Mauá escreveu em 12 de julho de 2013 14:07

Prezad@s Amig@s da região de Visconde de Mauá

Boa tarde!

Os seus endereços eletrônicos foram incluídos em uma lista que vem discutindo o Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável para nossa região por serem seus titulares pessoas envolvidas, direta ou indiretamente com esse projeto.

Caso prefiram ter seus endereços de email excluídos dessa lista de destinatários, por favor nos avisem.
Não queremos incomodar ninguém.

Por gentileza, fiquem à vontade para convidar outras pessoas potencialmente interessadas em acompanhar o processo a se inscreverem nessa lista conosco.

De qualquer modo, todos poderão ficar a par das mensagens relevantes trocadas pelo grupo mais diretamente envolvido, bastando visitar a seguinte página:
http://amigosdemaua.net/projetos/sebrae_2013/troca_de_mensagens.html

Cordialmente, a equipe de Amigos de Mauá
Rodrigo Rodrigues escreveu em 12 de julho de 2013 10:56

Prezados, desejo que todas as sugestões e ponderações relatadas nestes e-mails possam ser potencializadas também no âmbito do futuro Conselho Consultivo do PEPS do qual todos serão devidamente convidados em tempo ainda em 2013.
Ecoabraços, Rodrigo R.
Osvaldo Ramalho escreveu em 11 de julho de 2013 20:58:20

Contem conosco e ajudem-nos a ser diferentes!'
abraços, Osvaldo
Jean Pierre escreveu em 11 de julho de 2013 19:43:05

Caro Osvaldo, suas colocacoes foram claras, diretas e pertinentes, pelo que so temos a agradecer. Conselho Gestor eh sempre uma boa ideia, e ha muito que deveriamos ter um CG forte e atuante na regiao. Quase chegamos la, mas por motivos estranhissimos dos quais voce ja deve ter ouvido bastante falar, nao deu certo e o que sobrou foi um arremedo de Conselho pra la de capenga, cujo ultimo presidente era absolutamente suspeito e que fez uma gestao abaixo da critica.
Eh um alento "ouvi-lo" dizer que "não temos orientação dos nossos contratantes (SEBRAE e Seobras) de discriminar qualquer pessoa ou corrente de pensamento e atuação neste trabalho em Visconde de Mauá." Contudo, os ultimos anos nos ensinaram que eh quase impossivel de acreditar que o Seobras (e tambem o Sebrae, embora em um nivel bem mais contido e menos maligno) nao tenha por "principio" excluir todo e qualquer agente social local que se oponha a agenda manipuladora, usurpadora e inescrupulosa da Mauatur. A trindade Seobras/Mauatur/Prefeitura de Resende (com apoio tacito do vice-governador e seu sequito, alem da maquiavelica operacao da ACVM nos bastidores) protagonizou as "barbeiragens" politicas mais pernosticas e sujas da historia recente da regiao, e nada indica que tenham mudado o rumo nem ajustado a conduta.
Gatos escaldadissimos, acabamos vendo sinais de perigo (cilada!) em toda e qualquer iniciativa que parta do governo, ainda mais quando a ideia conta com o beneplacito da Mauatur.
Digressoes a parte, estou torcendo, de verdade, para que este movimento seja diferente e se mostre produtivo como deveria.
O fato eh que ja passamos por uma quantidade de "diagnosticos" muito parecidos com este, e com quase a mesma metodologia. A unica vez em que surtiu algum resultado pratico, interessante de verdade para a regiao, foi quando formou-se o finado Conselho Gestor. De resto, apenas quimeras, promessas vazias, tempo e recursos gastos a toa. Quase sempre, a acao era apenas uma cortina de fumaca para desviar a atencao da comunidade das atrocidades ambientais, da usurpacao da governanca, das licitacoes fajutas e dos decretos mambembes.
Quanto aos tecnicos que vieram e partiram (e foram muitos), eram sempre bem intencionados, competentes, eloquentes e integros. Todos acabaram colaborando, ingenua e inadvertidamente, para a agenda sabotadora da Mauatur, os desajustes eticos do governo e a degradacao galopante dos indicadores ambientais e sociais de uma regiao tao valiosa como esta.
Que os deuses e as fadas da Mantiqueira tenham te escolhido para testemunhar, de camarote, a quebra desse cruel paradigma!
Ats, Jean Pierre
Sergio Wright Maia escreveu em 11 de julho de 2013 17:52:07

Prezado Osvaldo

A minha ausencia na reunião se deu por agenda e principalmente devido ao convite ter sido recebido muito em cima da hora, mas friso que apoio a participação de todos e louvo estes projetos participativos como necessarios para o desenvolvimento sustentavel de qualquer localidade. Contudo e tendo em vista a quantidade de projetos que esta comunidade ja viu serem conduzidos nestas terras, seria interessante se voce pudesse nos explicar o que pretende entregar com esta inciativa e qual a metodologia que esta sendo empregada, alem disto seria muito bom se tivessemos uma agenda de trabalho que se feita com a devida antecedencia permitira uma adesão mais completa da comunidade a este importante exercicio. Nao sei se isso ja foi apresentado nesta reuniao do ultimo dia 9 mas mesmo assim agradeceria se pudesse nos enviar estas informaçoes pois assim a nossa participação será ainda mais proficua. Outrossim seria muito proveitoso se voces pudessem confirmar a  data da proxima reuniao, que voce ja adiantou que será na 2a quinzena de agosto.

Quanto a informaçoes historicas da Regiao sugiro acessar o site amigosdemaua que contem vasta documentação, voce ja deve ter sabido do trabalho do PGSAM e houve outro tambem bem interessante que foi o Projeto Mauá Sustentavel da ETRM,  alem destes existem desde artigos academicos a teses de mestrado e doutorado sobre os problemas e a historia recente da região.

atenciosamente, Sergio Maia
Juliana Ayres escreveu em 11/07/2013 - 17:38:39

Perfeito Osvaldo,  é bom colocar os "pingos nos is" para nosso maior entendimento.
Realmente pairam algumas dúvidas no ar...
Espero que através da participação nas reuniões/audiência possamos ampliar a gama de diagnósticos/perspectivas/possíveis soluções.
Isso inclui o Conselho Gestor já existente, de qualquer forma.
Já solicitei uma ampliação da mala direta e ao nos enviarem o cronograma, podemos ajudar a replicar o chamado;
Obrigada, abç, Juliana
Osvaldo Ramalho escreveu em 11 de julho de 2013 17:17:04

Prezados,
Reforço, como fiz ontem em várias ocasiões, que nosso papel é técnico e de muita responsabilidade e que não temos orientação dos nossos contratantes (SEBRAE e Seobras) de discriminar qualquer pessoa ou corrente de pensamento e atuação neste trabalho em Visconde de Mauá.
Fomos informados que um grupo de pessoas, em função de fatos ocorridos em uma reunião anterior (em que nós não estávamos presentes e nem tinha ligação com o nosso tema), não participaria da Audiência, como forma de mostrar a sua posição contrária à criação de mais um Grupo Gestor na região, à Mauatur e à atuação do Sebrae.
Recebemos a mesma informação de  pessoas que chegavam ao local para participar da audiência.
Ao iniciarmos a reunião, tentei mostrar a todos os mais de 55 participantes presentes, que aquele momento era de todos e que outros eventos ocorreriam e que gostaríamos que todos participassem, inclusive as pessoas que resolveram "boicotar" a presença na Audiência.
Não me referi a qualquer pessoa, apenas ao fato em si, que, na verdade, na minha visão, era um "boicote": Pessoas, por motivos anteriores, que não tinham ligação com a Audiência em si, ou seja: desavenças anteriores e antigas, resolveram não participar e, de certa forma, incentivaram outras a fazer o mesmo.
O termo "boicote", que usei no calor da audiência, pode ter sido demasiado, e por tê-lo utilizado, peço que me desculpem, mas entendo que a ação poderia ser vista com esse sentido.
Se não era esse, peço mais uma vez que me desculpem.
Como reflexo de problemas havidos em reuniões anteriores, se concluiu que nós estávamos pautados para beneficiar um ou outro grupo.
Isso foi um pré-julgamento, também desnecessário e prematuro.
É importante esclarecer, mais uma vez, que esse trabalho é um plano para a Região de Visconde de Mauá.
Não há vinculo exclusivo com qualquer organização local, não é uma encomenda da Mauatur ou para a Mauatur, e nem de nenhuma outra associação ou grupo.
É uma exigência prevista no Plano Básico Ambiental da implantação da estrada, dentro do Programa de Ordenamento Físico Territorial.
O Plano é para todos os moradores, e assim será construído, nos espaços e momentos abertos a participação coletiva, como as Audiências Públicas, onde os presentes podem se manifestar, ouvir e serem ouvidos por todos.
O que se busca na construção do Plano é o consenso em todos os pontos do trabalho, para que esse seja abraçado pelos moradores e acompanhado em todas as suas etapas e que possa beneficiar a maioria.
Vamos respeitar essa maioria, pois assim se dá a participação dos moradores.
Se o Conselho Gestor não se apresenta como consenso, ele, assim como a sua futura composição, serão debatidos, analisados e decididos por todos, nos espaços e momentos previstos para isso, que são as audiências públicas e os grupos de trabalho criados em cada uma delas.
Não teremos reuniões fechadas com qualquer grupo ou associação, pois entendemos que o espaço coletivo é mais democrático e produtivo, e esse espaço são as audiências públicas.
A existência e forma de composição do Conselho Gestor e os demais temas que surgirem, assim serão decididos.
Não por nós, mas por todos os presentes às audiências públicas.
Haverá momentos para que todos possam apresentar as suas propostas de ações e projetos, para solucionar os problemas apontados pela maioria, de forma a pensar em Visconde de Mauá nos próximos 10 anos, como uma região que atenda aos anseios de todos que aí moram e trabalham.
Recebemos, por meio da Crescente Fertil, da Apa da Mantiqueira, da UERJ, das Secretarias Municipais, do IBGE e outros, os documentos citados, e esses foram lidos e analisados, e ficaremos gratos se alguém que leia este email nos enviar os relatórios de atuação dos Conselhos existentes, para que possamos aprofundar nosso conhecimento sobre o território e sua gente.
A próxima Audiência Pública será confirmada no início da 2a quinzena de agosto e todos já estão desde já convidados a dela participar.
Assim que a data for acertada, enviaremos o convite para todos os que já participaram de outros eventos ligados à estrada, aos que estão nas listas da UERJ, do Parque, do Inventário e a outras listas que vocês podem nos enviar também. Mais pessoas, mais análise, melhor o resultado.
A divulgação pela internet, citada acima, será complementada por cartazes que serão expostos em locais públicos como escolas, postos de saúde, correio, comércio e outros, assim como já foi feito nessa audiência que ocorreu ontem, para que os moradores também sejam alcançados pelo convite à participação.
Esperamos todos nessa próxima Audiência Pública.
Abraços, Osvaldo
Sérgio Maia escreveu:em 11 de julho de 2013 17:12:47

Acho que temos que defender o que criamos senão fica tudo muito descartável. E assim não deixar que o poder publico queria fazer tudo do jeito deles sem se importar com aquilo que ja construímos e com muito esforço, a nossa história é rica nestes detalhes.

Sugiro reformularmos a carta de foi emitida e leva-lá ao Sebrae propondo um encontro para discutir o que eles se propõem a fazer em VM. Esta reformulação tambem seria para afirmar que estamos dispostos a colaborar com este plano estratégico que eles propõem mas desde que o que ja foi construído em VM seja aproveitado. Para isso proporia:

  1. Que eles apresentem a metodologia de trabalho que eles propõem para este Planejamento estratégico. Como? Quando? O que eles pretendem entregar no final?

  2. Que a base para os debates considere os dados da ETRM, PGSAM e conte com uma formação triparite Gov/sociedade/empresários;
Vimos o relato do Léo sobre a reunião no hotel Buhler e do que vi fiquei preocupado com a falta de uma agenda, definição objetivos e compromissos do sebrae. Vamos precisar que eles nos digam exatamente o querem fazer em VM. Isso nos temos o direito de exigir, o próprio
CG, que ainda pulsa, pode tomar a frente nisso e solicitar mais informações, afinal é uma instituição oficial da pref de Resende. Que tal falarmos com Broa sobre isto?

Abs, Sergio Wright Maia
Joaquim Moura escreveu em 11 de julho de 2013 10:44

    Prezados amig@s,

    Tudo isso que o Sergio Maia escreveu abaixo é verdade, basta ler sua tese de doutorado sobre a governança em nossa região.

    Gostaria de esclarecer quem não acompanhou a elaboração da carta-aberta, que ela precisou ser feita de um dia para o outro, paralelamente a outras iniciativas com o mesmo objetivo: registrar e divulgar nosso desconforto em participar de reuniões factóides, por que o verdadeiro "planejamento" é feito nas reuniões fechadas das lideranças da Mauatur (se reúnem quase diariamente) e através de seus contatos privilegiados com o Pezão, e daí com a Seobras e com o Sebrae-RJ. Por isso ela não atendeu a expectativas legítimas de vocês, mas foi o que deu para fazer em prazo tão apertado.

    Certamente a carta poderia ser melhor, se tivéssemos mais tempo para elaborá-la e ouvir as sugestões de mais pessoas. Mas acho que no geral está bem razoável, e não se esqueçam de que ela de certo modo complementa a mensagem que enviei pessoalmente aos técnicos do Sebrae, do Ideas, da Focall e do MAPA, sobre minha situação após as baixarias em ínfimo calão das lideranças da Mauatur e da leniência pusilânime da equipe do Sebrae-RJ naquela reunião do dia 27/06. Também aproveitei para enviar algumas considerações voltadas para o desenvolvimento integrado e sustentável de nossa região, à luz da experiência internacional.

    Sendo assim, faço um apelo à Ju e ao Cláudio que "re-assinem" a carta e ajudem a elevar o número de assinantes até uns 30, para então pedirmos ao Osvaldo a realização de uma reunião sobre o "histórico e perspectivas da governança local", onde possamos esclarecê-lo sobre nossas preocupações socioambientalistas, nossos esforços passados e a situação criada pelas grosserias e agenda secreta da Mauatur etc. desde 2009 - fratura na comunidade que não será superada sem que a Mauatur se disponha a mudar de métodos ou de lideranças. Essa reunião seria uma ótima oportunidade para suas lideranças se explicarem - caso decidam comparecer - por que vêm agindo desse modo excludente, truculento e ofensivo à cidadania.

    No aguardo de suas considerações, envio um grande abraço a todos, e lembro que não faltarão oportunidades de elaborarmos cartas muito melhores do que todas as anteriores.
    Joaquim
    P.S.: estou copiando esta mensagem ao Osvaldo do Ideias, para ir acelerando o processo ("o tempo é o fator crítico") e para lhe manifestar minha estranheza ao ser informado que ele se referiu, várias vezes, a quem quis "boicotar" a reunião, criando um antagonismo entre quem preferiu não ir e se expor à mesma pantomima de sempre e quem quis ir - como vários amigos nossos - e tentar mais uma vez avançar sem esclarecer as graves faltas cometidas pela Mauatur tão recentemente quanto apenas 14 dias atrás. Prezado Osvaldo, não houve nenhuma iniciativa de "boicotar" a reunião, e se você tivesse se dado ao trabalho de nos conhecer pessoalmente, nesses meses que você frequenta a região, saberia que nós jamais faríamos isso. Não fizemos campanha para "ninguém ir", nem formamos piquete na porta do Hotel Bülher para constranger quem se dispôs a participar. Acusar-nos de "boicotar" só ajudou a acirrar a fratura que já existe na comunidade, promovida pela Mauatur e reforçada por declarações levianas e irresponsáveis de quem está mal informado ou vinculado - diretamente ou indiretamente - ao governo Cabral - Pezão. Espero que o Osvaldo perceba que não agiu à altura de sua responsabilidade com a comunidade e se desculpe por nos acusar em público de sermos contra o processo de elaboração do "Plano Estratégico". É, acho mesmo que só o seminário "Histórico e perspectivas da governança local" poderia nos ajudar a construir um consenso que reúna a Mauatur com os comerciantes que discordam de seus métodos, e com as forças vivas - artistas, artesãos, naturalistas, educadores, comunicadores, cientistas, ambientalistas etc. - que construíram a mística de Visconde de Mauá, da qual os empresários tanto se beneficiam.
Ana Lúcia de Araujo Lima escreveu em 11 de julho de 2013 12:40

Prezada Juliana Ayres,

Agradeço as suas considerações e aproveito a oportunidade para enviar para o grupo o calendário de ações do SEBRAE até o final de 2013.

Ressalto que as ações poderão ter datas alteradas e em algumas situações as reuniões seguintes são definidas pelo grupo participante na ocasião do encontro. Para que, este fato posso ser amenizado teremos uma colega do SEBRAE, Carolina Nunes, que estará atualizando todos nós em caso de mudança e/ou definições de novas datas e também repassando este e-mail com a programação mensal.

Sabendo que, o território de Visconde de Mauá tem muitos outros atores que o SEBRAE não dispõe de contatos, peço sua ajuda e de todos aqui copiados, para que possam disseminar as ações.

Também para deixar mais ágil a nossa comunicação, no site do SEBRAE link: http://siacnetonline.rj.sebrae.com.br/InscricoesOnline/Catalogo/ListaEventos.aspx estarão todas as ações previstas a partir da próxima semana.

Conforme seu relato Visconde de Mauá possui uma grande quantidade de artistas e profissionais da área. O que acha de uma atuação empresarial com este seguimento? O SEBRAE tem uma área que trabalha, exclusivamente, a Economia Criativa.

Atenciosamente, Ana Lúcia de Araujo Lima
Coordenadora do Escritório do Médio Paraíba
Sebrae – Rio de Janeiro
Juliana Mello escreveu em Jul 11, 2013 at 10:48 AM

Oi Leo, obrigada pelo seu relato.
Infelizmente ontem era dia de labuta, eu gostaria mesmo de ter ido.

Falou-se sobre a ampliação da mala direta do SEBRAE para que mais pessoas possam participar desses encontros?

Também acho a participação nas reuniões fundamental.
Outro pensamento que me ocorreu foi o de reestruturação do Conselho Gestor já implementado, renovando cadeiras, normas e atributos. Acho desnecessário a formação de um novo Conselho.

Por que não aproveitar o que foi feito de bom e trabalhar apenas na readequação do que for necessário? Se não parece que o cachorro está mesmo andando em círculos...

A respeito da criação de uma marca para Mauá (ainda não entendi muito a aplicação dela) acho essencial a participação de um coletivo de artistas nesse desenvolvimento. O Maurício Rosa, por exemplo, no projeto Papel das Vilas (que agora segue para Brasília/Senado) já possui o mailing de mais de 50 artistas, assim como o Centro Cultural Visconde de Mauá.

bjo, Juliana
Mauricio Collier Darocha escreveu em 11 de Julho de 2013 : 09:13

Valeu, Leo, parabéns pela abordagem equânime das questões.
Abração, M.Collier
Relato da reunião do Plano Estratégicoo de Desenvolvimento Sustentável
http://amigosdemaua.net/projetos/sebrae_2013/relato_Leo_Gatti.html
Sergio Maia escreveu em 10 Jul 2013 18:34:27 -0300

   Tambem não concordei com alguns pontos (da carta-aberta).
   Entretanto tem um ponto em especial que eu queria tratar, que se refere ao Conselho Gestor. Na minha opiniao não se trata de este ser ou não a solução para nossos problemas e sim que ele existe, foi criado em cima de um longo trabalho de diagnostico, que pelo que sei ainda esta valido, foi institucionalizado pela Pref de Resende e foi ativo por longos 5 anos.
   Antes deste conselho tivemos o Conselho do ecodesenvolvimento de Resende criado por decreto em 1998 e o conselho intermunicipal da ETRM projeto Maua sustentável de 2003. Estes dois anteriores formaram o pano de fundo para criação deste atual CG.
   O que debato é quanto a atitude recorrente de a todo momento criamos novas instituições em substituição a outras, começando tudo do zero outra vez. O atual CG tem história e é um patrimônio do povo de Visconde de Maua.
   Se existe algo errado nele vamos discutir e alterar, mas simplesmente esquece-lo e colocar outra coisa no lugar é pedir para que esta outra coisa tenha o mesmo destino deste que estamos matando, o arquivo morto de alguma repartição publica ou de algum morador que goste de guardar papel antigo.
   Há cerca de 5 anos assistimos ao IBAM lançando uma idéia de um conselho de desenvolvimento somente pelo lado do Rio,esquecendo que somos um povo só em três municípios e dois estados; agora vejo o sebrae querendo criar outro querendo fazer um diagnostico e começar tudo do zero outra vez, como se em VM nao existisse passado com mais de 30 OSs nos ultimos 30 anos, com Joque limpo com o Rio Preto, PGSAM, ETRM, Cemarp e tantos outros movimentos que estão refletidos nas instituições que criamos.
   Temos que mudar esta mania de esquecer o que ja foi feito, a humanidade levou muito tempo para conseguir evoluir e só o fez quando começou a guardar o conhecimento, a sabedoria. Está na hora de pegarmos o que temos e consertar ao invés de simplesmente criar um novo para botar no lugar sem aprender nada com os erros do projeto anterior.
   Bjs, Sergio Wright Maia
Carta-aberta de grupo de moradores sobre a inconveniência de comparecerem à reunião
Seis mensagens anteriores ao dia da reunião do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável