Banheiro seco e permacultura em São Carlos

Na comunidade urbana Veracidade, na Vila Prado, em São Carlos, um grupo de jovens pesquisadores das soluções da Permacultura para os desafios globais experimenta alternativas para o saneamento ecológico e para a agricultura urbana.

Abaixo o banheiro seco instalado no quintal da casa comunitária. Embora a casa tenha vários banheiros, os moradores e visitantes são convidados a usarem o banheiro seco. O material coletado, constituído pela mistura de fezes e serragem, após ficar alguns meses "compostando" no próprio botijão, é depois misturado com outros materiais vegetais, passando novamente pelo processo da compostagem, após o qual está pronto para ser usado na adubação de plantas ornamentais, árvores etc.
A urina também é desviada na origem para jamais se misturar com as fezes.



Parede lateral onde há o acesso ao compartimento onde fica o botijão que recebe as fezes cobertas com camadas de serragem.

É importante desviar a urina, para manter em condições tão secas quanto possível as fezes com a serragem. Aliás, é na urina que estão mais concentrados os nutrientes indispensáveis para as plantas.

Notem a chaminé que liga o depósito onde está escondido o botijão ao meio exterior. Esse cuidado, mais a aplicação sistemática do material fecal cada vez que o banheiro seco for utilizado, evita a presença de odores ofensivos.


Visão da outra parede lateral. Ao lado, o acesso ao banheiro seco e ao vaso sanitário. O papel higiênico vai junto com as fezes, e são igualmente cobertos por camada de serragem.

Abaixo, nota-se, ao lado da tampa do vaso, o compartimento tampado onde fica a reserva de serragem, a ser depositada sobre o material cada vez que o banheiro seco é utilizado.
Abaixo, à direita, composteiro de tela recebe resíduos orgânicos da sede da Veracidade e de outras procedências próximas.

Abaixo, terreno vazio em área urbana da cidade aproveitado para a produção de alimentos, de ar mais puro e de cidadania. Evita-se a deposição de lixo e a proliferação de vetores, promove-se a reciclagem dos resíduos orgânicos, e se dá o bom exemplo a todos na busca da sustentabilidade urbana.

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Acima, um latão com tampa fica na entrada do terreno, à disposição de vizinhos que trazem seu lixo orgânico para compostar e virar adubo, em vez de destiná-lo ao caminhão de lixo que o jogará em algum lugar da natureza brasileira.
Abaixo, voluntários do projeto GIRO - Gestão Integrada de Resíduos Orgânicos, da Veracidade, analisam o plantio de milho autêntico e genuíno (não transgênico), feijão, mandioca, condimentos e medicinais.