Mauatur incita desavisados a pressionar o perito e o juiz que vieram vistoriar "possíveis" danos ambientais ocorridos nas estradas da região
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Vejam só no que deu tal temeridade e agressão à cidadania e ao bom senso:
criou-se uma fratura em nossa comunidade,
temperada de prepotência, ignorância e truculência:
http://riosulnet.globo.com/web/conteudo/18_286237.asp



De: Portal Visite Visconde de Mauá - Mauatur <contato@visiteviscondedemaua.com.br>
Data: 27 de junho de 2012 15:53
Assunto: Pavimentação da RJ151
Para: mauatur <
mauatur@uol.com.br>

Moradores,

Solicitamos a todos os moradores que tenham interesse na pavimentação da estrada (RJ151), que compareçam na entrada de Visconde de Mauá (Campo de Futebol), amanhã, 28/6, a partir das 9h30, pois o Perito indicado pelo Juiz sairá de Resende às 9h00. 

Dessa forma poderemos nos manifestar sobre os transtornos socioambientais que vem ocorrendo em decorrência do estado lamentável da RJ151.

Avisem seus vizinhos e demais pessoas que participam da mesma opinião. 

Visconde de Mauá, 12 de junho de 2012
MAUATUR

Parece que a diretoria da Mauatur perdeu de vez o senso da realidade.

Por Joaquim Moura

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Agora está usando o portal "visiteviscondedemaua.com.br", construído com recursos públicos (via convênio com o Sebrae), para pressionar o trabalho do perito indicado pelo juiz para avaliar os danos ambientais apontados pelo ICMBio e Ministério Público, certamente pretendendo influenciá-lo em sua decisão e levar o juiz a julgar de acordo com os interesses daquela entidade.
 
Esta mensagem da Mauatur (com recursos públicos via Sebrae) não pode passar em brancas nuvens. Não pode usar recursos públicos para ajudar uma entidade comercial a expor à violência do setor mais atrasado da população quem está exigindo - com todo o direito e até com o dever - o cumprimento da legislação ambiental, hoje esbulhada nessa dinâmica, conforme o entendimento do ICMBio e do MP.
 
É preciso lembrar à alta direção do Sebrae-RJ que o Plano Estratégico que a entidade está fazendo será puro desperdício de dinheiro público (pago pelo governo do estado do Rio) se o seu principal parceiro, a Mauatur, continuar se portanto de modo arbitrário, suspeito e inadmissível, hostilizando quem terá - ou teria - um papel indispensável na implementação do mencionado Plano Estratégico: as ONGs socioambientais e suas lideranças, os cidadãos e cidadãs mais conscientes, os educadores socioambientais, os comunicadores, os biólogos, os agrônomos, os engenheiros, os artistas, os consultores, os produtores agroecológicos, os produtores culturais e os professores e seus jovens.
 
Todos eles, que constituem um recurso local inestimável em termos de capital social, estão potencialmente desejosos de ajudar como voluntários no processo de desenvolvimento sustentável da região, mas desde que num modelo de fato particípativo, valorizando devidamente as suas preocupações ambientalistas, e não pautado pela Mauatur e seus métodos desrespeitosos, vergonhosos, inaceitáveis e anticidadania.
 
Se o Sebrae-RJ insistir em só interagir com os empresários locais - ainda mais cujas lideranças usam métodos desse nível -, e continuar desprezando todo o potencial, toda a experiência, toda a inteligência de quem trabalha com desenvolvimento socioambiental, educação, cultura e comunicação há décadas, só pode ser por motivos espúrios.
 
Obs.: Essa não foi a primeira vez (( ver antecedente recente aqui )) que a Mauatur usa o portal criado com recursos públicos via Sebrae-RJ para tentar influenciar a decisão do juiz e para expor "algumas pessoas da região" à truculência dos setores mais atrasados e brutais de nossa comunidade.