Uitilização em área verde pública do fertilizante Reduzo Lixo produzido por compostagem domiciliar de resíduos orgânicos

Após sete meses desde a inclusão do primeiro lixo orgânico doméstico, o composto 001 foi aberto em 17/10/2013, e seu conteúdo retirado para adubar as plantas ornamentais - principalmente hortênsias - no canteiro central da Travessa Venceslau Brás, em Visconde de Mauá, Resende, RJ.

Conforme o método adotado, durante três meses - de 15 de março a 15 de junho - foram depositados em seu interior pouco mais de 100 kg de resíduos vegetais crus (cerca de 1,2 kg por dia).

Depois, entre 16/06 e 16/10, todo este material permaneceu em processo de decomposição aeróbia dentro do cilindro de arame, sendo digerido por microorganismos, minhocas etc., até ser retirado para a utilização em área pública, já transformado em 70 kg de fertilizante orgânico.


Simultaneamente durante esses últimos quatro meses foi preparado o composto 002, que recolheu cerca de 130 kg de resíduos orgânicos. O aumento de cada uma das duas etapas do ciclo para quatro meses objetiva dar mais tempo para a decomposição se processar sem necessidade de reviramento.


Assim, o cilindro inicial volta a receber resíduos orgânicos até fevereiro - formando o composto 003, enquanto que, ao seu lado, o composto 002 fica maturando até ser utilizado e dar espaço, no segundo cilindro, para o composto 004. E assim sucessiva e alternadamente, conforme o sistema Reduzo Lixo, divulgado no Brasil com o apoio da ABIDES.

 


Os 70 kg de fertilizante orgânico retirado em 15/10/2013 do composteiro de tela de arame soldado correspondem a mais de 100 kg de resíduos orgânicos introduzidos nele - misturados com palhas diversas - entre 15/03 e 15/06/2013.
Acima, logo após abrir o composteiro, foi possível observar a grande presença de minhocas-vermelhas-da-califórnia (Eisenia fetida), comprovando a sanidade do processo de decomposição em andamento. O aparente excesso de umidade não atrapalhou a colonização de toda o material contido no composteiro, a partir de um punhado de minhocas incorporadas na parte superior do composto há apenas 40 dias.
De qualquer modo, os composteiros passaram a ficar cobertos para evitar mais água do que a contida nos resíduos orgânicos (geralmente  mais que 50% do peso).
O material compostado ficou exposto ao sol por algumas horas para reduzir o teor de umidade. Para evitar a repetição do problema, os cilindros passaram a ficar cobertos com plástico para protegê-los da chuva.
O cilindo esvaziado recebeu uma camada de palha para servir de base para os resíduos que chegarão. O cano furado foi incluído no centro para aumentar a circulação de ar no interior do composto e facilitar a evaporação. Como a aplicação do fertilizante nos canteiros da rua foi adiada para alguns dias depois, o composto 001 foi recolocado no cilindro, após ter permanecido por horas espalhado no chão para secar mais.
Abaixo, uma multidão de bichinhos decompositores podia ser vista no chão, logo após a abertura do cilindro e da retirada do material. (Alguém aqui sabe identificá-los?)

Aplicando o adubo pronto

O fertilizante finalizado, pronto para usar nos canteiros. Parte do material  foi incorporada nos compostos 002 e 003, para inocular os microorganismos, insetos, minhocas, fungos etc. que vão se multiplicar e dar um fim digno e responsável para a nossa lixarada.
Mais de 100 kg de resíduos vegetais crus gerados durante três meses em uma moradia com três pessoas foram transformados em 70 kg de adubo de alta qualidade biológica para fertilizar as áreas verdes urbanas de Visconde de Mauá.
Abaixo, momentos da aplicação do fertilizante Reduzo Lixo nas hortências no canteiro central da travessa à Avenida Venceslau Brás, em Visconde de Mauá.



Espaço reservado para futura foto da planta ao lado
30 dias depois de ter recebido o nosso adubo e
de ter seu entorno coberto com palha protetora
de grama cortada e fornecida pela
Administração Regional da prefeitura de Resende
em Visconde de Mauá


Saiba mais sobre nossas iniciativas de compostagem em 2013

Acima, o composto finalizado e peneirado.
Ao lado, esse saco com 2 kg de adubo orgânico vale R$ 3,00, e o valor total do fertilizante produzido equivale a R$ 1,00 por dia gerado a partir do lixo.


Acima, vista geral da travessa da Avenida Venceslau Brás, com as plantas adubadas com o adubo produzido no composto 001.
Abaixo, o composto 002 maturando para ser usado em fevereiro de 2014, o composto 003 que receberá resíduos orgânicos pelos próximos quatro meses.

Estão sendo pesquisadas formas mais práticas para cobrir os cilindros, como tampas de plástico de caixa d'água pequena ou de cesto de lixo grande.