Grupo de Trabalho de Resíduos Sólidos - GTRS
Conselho da APA Federal da Serra da Mantiqueira - CONAPAM
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Introduzindo a compostagem descentralizada em Delfim Moreira, MG

Demonstração e entrega dos primeiros composteiros no bairro-piloto


No dia 2 de junho de 2016 foram realizadas duas oficinas demonstrativas no bairro Vila Rica, para apresentar aos moradores mais interessados como produzir fertilizante a partir dos resíduos vegetais da cozinha e dos quintais, conforme o projeto em parceria com o Grupo de Trabalho do CONAPAM.

Na visita-piloto ao bairro, em 6 de maio, foi verificado o interesse de vários moradores em compostar os seus resíduos.

A primeira oficina foi realizada às 10h30, na parte mais alta do bairro, com a participação de Juliane Coura, Secretária Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Delfim Moreira, Máira Maia, analista ambiental da APA Federal da Serra da Mantiqueira, e Joaquim Moura, voluntário integrante do Grupo de Trabalho de Resíduos Sólidos do Conselho Consultivo da APA da Mantiqueira (GTRS-CONAPAM).

Na ocasião, além de moradores (adultos e crianças), estavam presentes 15 estudantes de gestão ambiental da Fundação Rogê (Delfim Moreira), que participaram ativamente da atividade, inclusive conversando com moradores, visitando moradias e instalando composteiros.


Para a oficina da manhã, a prefeitura preparou um pequeno terreno baldio que poderá ser melhor aproveitado pela comunidade.
Acima à direita e abaixo, Joaquim explica as razões e o modo de fazer compostagem a partir dos resíduos orgânicos domésticos.



Após a oficina foram entregues cinco composteiros a moradores interessados, e mais quatro para estudantes, que os instalarão em suas residências.
O sistema Reduzo Lixo de compostagem doméstica, apresentado à comunidade de Delfim Moreira, é o mesmo já utilizado com sucesso em Visconde de Mauá, Resende, região também incluída na APA da Mantiqueira.

Os composteiros são feitos com tela de arame soldado, medindo 1m de altura e 1,8m de circunferência cada um.

Eles são cedidos por empréstimo aos moradores, mediante um "termo de empréstimo". Após 30 dias, haverá nova visita para verificar o interesse do morador em continuar compostando. Caso negativo, o composteiro será destinado a outro morador.

Para envolver todas as moradias na prática, o ideal é oferecer a opção de minicentrais de compostagem comunitária. 

Porém, essa iniciativa só será viável quando a comunidade estiver mais acostumada com a ideia de transformar seus resíduos em recursos, inclusive com maior envolvimento dos jovens e crianças, por meio de atividades nas escolas onde estudam.



A segunda oficina foi realizada às 14h30, na parte mais baixa do bairro. Estavam presentes cinco moradores, que puderam conhecer melhor as vantagens da compostagem. Foram instalados três composteiros em moradias locais e entregues mais dois para outros interessados.




No total foram catorze composteiros distribuídos e cerca de vinte e cinco pessoas assistiram às oficinas demonstrativas.
Os moradores que mais se interessaram pela prática da compostagem foram pessoas que já plantam em seus quintais.



À esquerda, uma horta mais convencional, com canteiros para cada hortaliça. À direita, um "sistema agroflorestal - SAF" espontâneo, misturando hortaliças (salsa), raízes (inhame) e árvores frutíferas (laranja e tangerina).

Conclusão
A prática da compostagem doméstica foi afinal introduzida no bairro-piloto de Delfim Moreira. 
Agora é hora de dinamizar essa prática no bairro, aprimorar a metodologia e a comunicação comunitária, e planejar a sua replicação nos bairros próximos.

O maior custo do projeto é representado pela compra dos rolos de tela, R$ 460 cada um, permitindo o preparo de 14 composteiros (R$ 32 cada).
Algum recurso para impressão de boletins e panfletos didáticos também seria importante.

A coordenação do projeto estuda uma maneira de obter apoio ou patrocínio para popularizar a prática da compostagem em Delfim Moreira e na APA da Mantiqueira em geral.