Relato da 2a. Oficina do
Curso de educação ambiental
Convênio Prefeitura de Resende (AMAR) e PUC-RJ

Leia abaixo o relato preparado por Luis Felipe Mahal sobre a 2a. (e última) oficina do Curso, realizada em 21 de novembro de 2009. Estamos aguardando outros relatos bem como a "consolidação das contribuições dos presentes", a ser preparada pela equipe pedagógica do Curso.
A primeira oficina foi realizada em 26 de setembro, com grande sucesso. Veja aqui o que foi consolidado a partir das contribuições dos presentes. No final, há uma lista dos impactos positivos e negativos da estrada previstos por todos os participantes. 


Amigos,
 
Fui um dos poucos a participar das duas oficinas do curso e deu pra perceber que a abordagem das questões da estrada incomodou muita gente - alguns poucos que foram no primeiro sábado, e, pelo jeito, muitos que não foram.
 
No primeiro sábado (26/09), fizemos paineis em plenária, organizando as informações tiradas por pequenos grupos, inicialmente de caracterização da região (aspectos naturais, sócioambientais, culturais e econômicos), depois de diagnóstico dos problemas atuais e dos vindouros com a construção da estrada - como se vê no portal "amigos de Mauá" e em www.nima.puc-rio.br (ir em projeto de educação ambiental - Resende - Visconde de Mauá); sempre unicamente a partir da opinião dos presentes, cerca de 30.


Creio que muitos dos presentes se decepcionaram (pois a maioria não retornou) ou o feriado atrapalhou, não sei dizer.
 
Pouco depois desse primeiro sábado de curso, por sugestão da equipe ministrante, fiz esta atividade com meus alunos do 3º ano do noturno, todos adultos ou jovens moradores da região, e o resultado poderá ser visto em breve no site da Puc também. Não entrei no mérito do "quem é contra ou a favor", mas pelas opiniões expressas, a estrada não é unânime.

O pessoal da Puc pediu que atraíssemos o maior número possível de pessoas para o segundo sábado. Pusemos uma faixa que ficou na entrada da vila de Mauá, para convocação, mas o número de presentes ficou em torno dos 25. Na parte da manhã e ainda do início da tarde, foi legal, com os ministrantes fazendo um embasamento teórico separado em 3 momentos: a questão do consumismo e suas conseqüências; questões ligadas à Saúde; e por fim, poluição e concessão do uso da água. A seguir, fomos divididos em 3 grupos para traçarmos ideias de ações efetivas que minimizem os impactos negativos das mudanças que já vêm ocorrendo e democratizem o acesso dos impactos positivos desse


Por volta das 16h, surgiram pessoas que não tinham participado de nada antes e, por acaso, uma delas ficou no meu grupo e fez uns discursos sobre a "Indústria do turismo" que destoava de tudo que tínhamos conversado até então. Felizmente nosso grupo já estava bem mais adiantado na discussão, e a divergência foi naturalmente superada...


 Uma das ideias aceitas por todos foi a criação de uma rede social que envolva os presentes do curso e mais quem quiser participar, para pormos em prática medidas de desenvolvimento sustentável da região, com ou sem estrada. Com o objetivo de lutarmos juntos por melhorias de infra estrutura e preservação sócio ambiental. Alguns presentes consideraram a importância do pessoal da Puc estar presente nessa primeira reunião, que deve ocorrer em dezembro (a data será confirmada ainda), e para isso tentaremos hospedagem e refeições para o grupo, pois eles não possuem orçamento para novo encontro.

Uma meta que nos propomos a atingir nesse encontro é "o que fazer para atrair mais o pessoal da terra para esse grupo" - entendam que a maior parte dos presentes no curso é de "estrangeiros", que se instalaram na região nesta ou na geração passada, vindos de SP ou do Rio. Se essa rede vai funcionar ou não, é uma incógnita. São pessoas com opiniões diversas - não está em questão quem é contra ou a favor da estrada - mas é uma tentativa de união de pessoas que têm em comum o amor à Mauá. Seria muito legal se vocês participassem, tenho certeza que poderão contribuir bastante.


Outra necessidade em comum acordo é a elaboração de inventários para se conhecer melhor o perfil da nossa região - um voltado mais para o turismo (nº de estabelecimentos comerciais, perfil do turista, capacidade limite em feriados, etc.) e outro mais de aspectos sócio ambientais (população, saneamento, geração de lixo, educação, saúde, transportes,etc.).

 

Quanto mais gente para agregar e contribuir, mais fácil será a execução dessas medidas que irão favorecer toda a região.
 
Um abraço, Luís Felipe


 

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