Domingo na Prainha de Visconde de Mauá
"Sonorização" e churrasquinho na beira do Rio Preto queimam o filme da região


É totalmente inconcebível que o governo estadual, apoiado pela administração municipal e por associações locais, e com recursos do governo federal e até do Banco Interamericano de Desenvolvimento, tenha facilitado o acesso de um enxame crescente de visitantes totalmente estranhos à natureza e deseducados ambientalmente, sem antes ter adotado medidas de prevenção das pressões e impactos já previstos como inevitáveis.
O que se viu foi justo o contrário...

O que se viu foi a fragilização da governança local, incluindo a extinção proposital do Conselho Gestor e a exclusão hostil dos ambientalistas em todas as oportunidades e eventos onde se poderiam discutir com mais profundidade os problemas iminentes (como em encontros com autoridades e técnicos estaduais e com representantes do Sebrae, UERJ, BID etc.).

Agora estamos nessa situação, de difícil solução.
Teria sido muito melhor prevenir, pois - como já avisávamos sistematicamente - "as consequências vêm sempre depois...."

Fotos de A.C. Iazpeck


Acima, motociclistas voam em motos de competição (sem faróis, descarga livre) e passeiam sem equipamento no passeio junto ao Rio Preto.
Abaixo, vestígios de acampamentos vão contaminando o solo e favorecendo acidentes com pessoas e animais.



Acima, a lataria na beira do Rio Preto. Os banhistas querem estacionar no máximo a 15m da margem. abrir o porta-mala e mostrar sua potência sonora, superando de longe o murmurar da correnteza, os chamados dos pássaros e o silvo do vento entre as árvores .
Abaixo, um acampamento e seu lixo ao lado. Os vendedores ambulantes vêm aqui, competem com nossos negociantes crescentemente formalizados, nos legam seu lixo e ainda dão esse ar de mafuá à nossa vilazinha.