Será que a Secretaria de Obras do estado do Rio de Janeiro está tão destituída de comando que permite ao DER-RJ, igualmente descontrolado, produzir e instalar placas como essas e tantas outras (*) que já escandalizaram a população local e os turistas que nos visitam?
- Não é "PROIBIDO a colocação de placas". Jamais! É "PROIBIDA a colocação...", pela norma gramatical da língua portuguesa que trata da concordância nominal.
Poderia ser "Proibido colocar placas...", ou mesmo "Proibido colocação de placas" (sem o artigo "a" antes de colocação; fica estranho, mas está certo). Porém um erro como esse, numa placa oficial de um órgão público, é inadmissível, deseducativo e desmoralizante. E o erro ainda vem destacado em fundo vermelho. Chocante!
- Decretos-leis não existem mais no Brasil tem muitos anos. Houve dois períodos ditatoriais (de 1937 a 1946 e de 1965 a 1989) quando o poder executivo pôde expedir decretos com força de lei. Porém eles foram extintos com a "remoção do entulho autoritário", ao fim da ditadura militar. Hoje, no regime democrático, o poder executivo edita "decretos", que podem muito, mas nem tudo... Quando o assunto é mais relevante e polêmico, é o poder legislativo que tem autoridade para estabelecer "leis", que podem muito mais do que os decretos. Quem decidiu escrever essa besteira de "Decreto Lei" em pleno século XXI? E ainda mais sem hífen...
- De fato, verdade seja dita, o Decreto RJ 40979, de 15/10/2007, do governador Sérgio Cabral, que definiu os parâmetros das estradas-parque no estado do Rio de Janeiro, traz treze vezes a expressão grafada corretamente, com o hífen entre "estrada" e "parque". Só o DER-RJ - que só escreve em seobrês (*) - insiste em desvirtuar o conceito original, integrado, de "estrada-parque" em duas palavras que, assim soltas, não querem dizer nada de mais significativo. Aliás, "Decreto Lei Estrada Parque" - quatro palavrinhas escritas ao léu..