A água abastecida nas vilas de Visconde de Mauá e do Lote 10
está turva desde as primeiras chuvas fortes, em outubro de 2010 


Visconde de Mauá, 19 de setembro de 2011

DD. Prefeito do Município de Resende, RJ Dr. José Rechuan
Com cópias para:
Secretaria Municipal de Obras – Diretoria de Saneamento da Área Rural
Agência de Meio Ambiente de Resende - AMAR

Os moradores abaixo-assinados das vilas de Visconde de Mauá e do Lote 10, no município de Resende, RJ, vêm, mais uma vez, trazer ao seu conhecimento o problema que temos enfrentado com o abastecimento de água em nossas comunidades.

Em reunião realizada em maio de 2010, na Igreja de São Lourenço, Lote 10, o prefeito de Resende, Dr. José Rechuan, foi informado de que, quando chove, a água chega às nossas casas, comércios e estabelecimentos escolares saturada de terra, apresentando cor amarronzada escura. Vários moradores apresentaram amostras dessa água e, depois de debatido o problema, foi feita a promessa, pelo Sr. Prefeito, de encaminhar uma solução para o caso, com a urgência devida. Nesse sentido, foi construída um novo reservatório no Lote 10 (que conta com uma nascente própria).

Quanto à vila de Visconde de Mauá, houve um outr encontro, em março de 2010, no Colégio Estadual Antônio Quirino, reunindo diversos moradores, o Sr. Prefeito e representante do IBAMA (?), para tratar do mesmo problema: quando chove, a água sai das torneiras cheia de barro diluído, que logo decanta (mas não totalmente) no fundo dos copos, garrafas e panelas. Também é um problema lavar as mãos, tomar banho e escovar os dentes com a água nesse estado.

Atualmente, no segundo semestre de setembro de 2011, o problema permanece, agora agravado pelos movimentos de terra provocados pela obra de pavimentação e alargamento da RJ-163. Note-se que existem nas referidas vilas, além das moradias, vários restaurantes e pousadas, bem como um Posto de Saúde Municipal e um Colégio Estadual e uma Escola Municipal que reúnem diariamente centenas de jovens e crianças, obrigados a consumir essa água imprópria no preparo das refeições e na higiene corporal de seus frequentadores.
Além do problema do alto teor de terra na água distribuída à população, nos vemos também, crescentemente afetados pela falta d’água, que neste ano tornou-se crônica, como tem sido noticiado sistematicamente pela imprensa regional. E a variação do volume d’água disponível nos reservatórios provoca uma variação na concentração do cloro diluído na água, resultando muuitas vezes no cheiro forte desse elemento químico na água consumida na comunidade.
A água consumida nessas vilas provém de uma microbacia, voltada para o Rio Preto, ocupada por um sítio dedicado à pecuária cujo gado vai degradando a vegetação que deveria proteger os mananciais existentes, além de acarretar na poluição dos recursos hídricos indispensáveis para a sobrevivência da população local. Recentemente foi vericada a presença de uma vaca morta semisubmersa no riacho cujas águas são conduzidas para o reservatório que abastece a vila de Visconde de Mauá.
Solicitamos estudos de viabilidade para proteção da bacia de contribuição - situada em propriedade particular – dos reservatórios que serão ampliados, conforme informações da S.M.O., no início de 2012, em nome do interesse público, permitindo a regeneração da mata original e dos mananciais para garantir a qualidade e a quantidade do precioso líquido para esta e as futuras gerações de moradores e turistas.
Anexo 1: Assinaturas de moradores das vilas de Visconde de Mauá e Lote 10 (setembro de 2011)
Anexo 2: Foto de garrafa plástica contendo água com alto teor de barro, recolhida em 15 de setembro de 2011
Anexo 3: Abaixo-assinado enviado em dezembro de 2010 ao Prefeito José Rechuan sobre o mesmo problema

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