Obra pública invade calçada, esconde a natureza
e desfigura ainda mais a vila de Visconde de Mauá
Em Visconde de Mauá as
intervenções do governo fluminense continuam acontecendo sem que a
comunidade possa dar sua contribuição para que os resultados sejam os
melhores possíveis.
Afinal, devemos lembrar sempre que a sustentabilidade da região depende
basicamente do turismo, ou seja, de seus atrativos naturais,
paisagísticos e culturais.
Diante dessa obviedade, todas as intervenções deveriam ser cuidadosamente planejadas para não comprometer o clima
- inclusive "visual" - que a região precisa oferecer a quem vem das
cidades querendo espairecer por aqui, num ambiente mais bucólico.
Porém o governo estadual, no afã de realizar diversas intervenções de
nosso interesse, peca ao negligenciar a comunicação com os moradores,
que muito poderiam ajudar no encaminhamento das soluções mais adequadas
para o nosso desenvolvimento sustentável.
Uma delas seria certamente não autorizar obras públicas que agridam a
paisagem local, seja por seu tamanho e aparência extravagantes, seja
por desrespeitar o recuo - importante para não esconder a natureza ao
redor.
Vejam essa foto do "depósito" que o DER construiu no centro da vila de
Visconde de Mauá. E, mais abaixo, saiba como tentamos inutilmente
interromper a obra, mas sem qualquer apoio do governo estadual ou
municipal (a quem competiria impedir o avanço na calçada e o projeto
tão pobre e horroroso.
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A obra acima foi realizada no terreno do DER, da Seobras do estado do Rio, logo depois
do "Centro de Turismo e Artesanato" (também conhecido como "elefante
branco").
No local havia antes, bem mais recuado, um depósito de materiais
do DER coberto por um telhado precário.
Agora, porém, o depósito se expandiu além do terreno original em direção à calçada e
lateralmente, ocupando uma área verde que poderia ser transformada em
uma pracinha singela..
Notem que agora está sendo construído um muro bem mais avançado do
que o recuo tradicional (a linha do tapume verde) que sempre houve no local, e reparem que a
parede frontal avançou até bem perto da esquina (invasão lateral).
E, para evidenciar o caráter clandestino e ilegal da obra, não há a
placa regulamentar, informando o seu responsável técnico, o prazo e o
valor.
Abaixo,
vista do interior do terreno do DER, mostrando que é amplo o bastante
para não precisar invadir a calçada e espremer os transeuntes
entre sua parede e a avenida, agora integrada a uma rodovia estadual
(RJ-151), com tráfego crescente.
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Acima, a parede junto à calçada. vista por outro ângulo. Mais
adiante, o prédio do "Centro", recuado, embora tenha uma mureta de
pedra mais avançada (com aqueles dois "arcos" angulosos, esquisitos e
inúteis) cercando um jardim. Notem a ausência de árvores ao longo de
toda a calçada e lembrem-se do calor que fez na vila no verão passado,
agravado pelas pedras expostas ao sol canicular, e pensem na
negligência do governo em desprezar a importância do arvoredo urbano.
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Notem o tamanho do avanço
(embora o terreno seja bem grande para trás), que vai tornar a calçada
um corredor estreito e estéril.
Abaixo, mais um trecho de paisagem arbórea que será surrupiado pelo muro de nós e de nossos visitantes...
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Reclamar
com a Ouvidoria de Resende não adiantou nada. A agressão paisagística e
urbanística prosseguiu. Vejam abaixo a situação em 25 de novembro :
pela posição dos dois operários do DER que estão executando a obra, dá
para avaliar a largura a que ficou reduzida a calçada.
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O alinhamento na Av. Venceslau Brás, no centro da vila de Visconde de Mauá
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No início
da Avenida Venceslau Brás, principal via da vila de Visconde de Mauá, o
alinhamento das construções respeita o afastamento padrão. No lado à esquerda, o alinhamento prossegue até o final, com a exceção de uma construção muito antiga (ex-restaurante Cozinha do Visconde). Pela direita, o alinhamento prossegue até o próximo quarteirão, que começa com antigo "clube', ainda mais afastado.
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Acima, o clube e a seguir o tapume da construção da nova creche. À direita, é possível ver - em laranja - o afastamento da fachada da obra até o tapume, e a distância do tapume até o meio-fio.
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Acima, ao chegar no "futuro" Centro de Turismo e Artesanato, o alinhamento
varia, já que o prédio da antiga "resfriadeira" era um mais avançado do
que o "clube". Mesmo assim, deu para fazer um gramadinho entre o
prédio reformado e a calçada de pedra.
À direita, os dois "arcos"
brancos estreitam ainda mais visualmente a passagem e escondem o prédio
principal. Nossa recomendação é que sejam demolidos, até para
economizar tinta e a mão de obra necessárias para pintá-los com a
frequência indispensável. Seria melhor substituí-los por árvores, cuja sombra será mais e mais apreciada, a cada verão.
Abaixo,
a evolução da obra do DER invadindo o afastamento e crescendo sem que
ninguém faça nada, apesar do apelo que fizemos à Ouvidoria da
prefeitura de Resende para verificar a irregularidade desta obra do
governo estadual. |
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