Pedaços da
"estrada-parque" despertam interesse como "souvenir" ecológico
Qual o ambientalista ou ecoturista que nos visita que não
vai querer levar um pedaço de asfalto ecológico da "primeira
estrada-parque do Brasil" para casa? Agora este sonho de
consumo ambientalmente correto está ao alcance de todos, dada
a quantidade de fragmentos soltos no leito estradal. O problema é que,
diferentemente das pedras lunares, dos detritos de meteoritos,
de pedaços do Muro de Berlim ou das lascas dos Budas
de Bamiyan
(explodidos pelos taliban em 2001 - ver / ler
mais aqui
), os destroços da RJ-163 estão disponíveis em número
enorme e crescente (veja
fotos dos buracos mais recentes)
,
impedindo
que o comércio local lucre vendendo aos turistas
essas lembranças da região e testemunhos mudos e
gritantes da competência do DER e de seus aliados locais. |
|
|
O
fragmento acima
mede aproximadamente 20x20 cm por 7 cm de altura, e pesa pouco
mais de 3kg. O detalhe à direita mostra vestígios da pintura amarela
da faixa central de sinalização da "estrada-parque", o que comprova
sua autenticidade e aumenta o seu interesse e valor.
Talvez assim o CREA ou a COPPE ou a UERJ
se interesse em pesquisar esses destroços em busca de
explicações sobre os motivos de eles se desprenderem com tanta
facilidade de uma estrada inaugurada
ainda inacabada pelo governador Sérgio Cabral há apenas 14
meses
(aliás, às pressas, antes
que o asfalto começasse a se desagregar). é mesmo
espantosa a galeria de fotos de buracos na estrada que
colecionamos em pouco mais de um ano.
|
Obs.:
Para obter este pedaço da RJ-163, com "Certificado de Autenticidade" e foto do
local exato onde foi recolhido, pelo preço simbolico de R$ 0,01 (bem menos do
que os R$ 25,00 que nos custou (*)
para ele ser "colado" no chão da estrada *, envie seu pedido para amigosdemaua.net@gmail.com
(*)
Cálculo com base no valor final da
obra de R$ 67.500.000 (parece que novos aditivos elevaram ainda mais
este valor, mas é impossível confirmar), o que representa R$ 4.500
por metro de estrada com 7m de largura, ou aproximadamente R$ 640
por m2, ou cerca de R$ 25,50 por 0,04m2 (área do fragmento
oferecido por uma pechincha).
à direita, buraco de onde foi recolhido o destroço em pauta. Se
pudéssemos vender cada pedaço desses buracos pelo preço que custou,
a região poderia melhorar bastante as condições de vida
da população, comercializando um recurso praticamente inesgotável. |
|
p>
|