Boletim Informativo "Gestão Ambiental e Social" n#
02 Secretaria Estadual de Obras - RJ /
Secretaria Estadual de Ambiente - RJ / Universidade Estadual do Rio de
Janeiro
Finalmente a equipe da UERJ, contratada pela
Secretaria de Obras do estado do Rio de Janeiro para implementar o Plano Básico
Ambiental da nossa "estrada-parque", distribuiu uma publicação
para informar à população o que esteve fazendo durante todos
esses meses em que vem atuando na região.
Pena que só o faça agora, no final do trabalho, quando já
não há mais tempo para as entidades locais e
os moradores interessados poderem avaliá-lo nem propor
modos de aperfeiçoá-lo, principalmente nos aspectos socioculturais críticos
envolvidos.
Essa comunicação da UERJ/Seobras com a comunidade estácerca de seis meses atrasada, e este "Boletim
Informativo" só serve agora como
marketing instituciomal ou propaganda política típica de
hoje em dia, e também como "produto" para "comprovar a realização
de uma meta" do projeto e justificar o pagamento de alguma
parcela do contrato.
De qualquer modo, ficam os
verdadeiros amigos da região desde já convidados a lerem as várias
notícias e reportagens do Boletim, e a nos enviarem suas análises e comentários,
para publicação nesta página. Afinal, implementar os 22 programas que
integram o PBA (válido apenas para a RJ-163), custou pelo menos 3 milhões
de reais (faltou uma prestação de contas neste Boletim), e esperemos
que no geral o gasto tenha valido a pena.
Comentários: ( 1 - Joaquim
Moura
)
Comentários:
01. Joaquim Moura
Agora, duas críticas construtivas e preliminares:
- Com relação ao Programa de Educação Ambiental,
certamente o dinheiro aplicado foi desperdiçado, pois o projeto da
UERJ ignorou e negligenciou a experiência acumulada na comunidade,
e por isso propõe um objetivo insuficiente e lerdo, incapaz de enfrentar
à altura os desafios colocados pelos fatores socioculturais, estes sim
decisivos para determinar o futuro do ambiente natural e da própria
comunidade que com ele interage. O programa de EA que a UERJ nos impôs
"chove no molhado" e não objetiva o que mais precisamos: realizar, em
médio prazo (20 meses) uma transmutação cultural na
comunidade (incluindo nós mesmos), para não sermos engolfados pelos
vetores de desagregação socioambiental que abundam, acelerados agora
facilitação do acesso.
- O que leva a equipe da UERJ a
continuar escrevendo "estrada parque" sempre assim errado?
Sem hífen, apesar de já ter sido alertada e solicitada a não disseminar
um erro em nossa comunidade... Será que na UERJ escrevem
ano-luz, peixe-boi e pau-brasil sem hífen?
Tem quem me diga: "isso é o de menos, Joaquim", ou "deixe de preciosismo
elitista", mas estou certo de que quem não se esmera em tudo o que faz -
ainda mais representando uma universidade de prestígio - dificilmente
fará alguma coisa com o nível de excelência que tanto precisamos. E
tem mais: escrever estrada-parque sem o hífen mostra que a equipe da
UERJ sequer leu o decreto RJ-40979/2007 (que define os parâmetros
desse tipo de via em nosso estado), onde a expressão ocorre treze
vezes, sempre hifenizada.
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